A dor, desconforto e perda da clareza mental não são os únicos problemas relacionados à enxaqueca. Esse distúrbio também costuma ser incapacitante e trazer vários impactos negativos para os relacionamentos sociais e profissionais dos pacientes. Além disso, atualmente temos pesquisado a possibilidade do quadro, quando não tratado da forma correta, trazer danos permanentes para o cérebro.
Tradicionalmente a enxaqueca tem sido considerada um distúrbio benigno sem consequências a longo prazo para o cérebro. Mas estudos e revisões recentes sugerem que o problema pode alterar a estrutura cerebral de forma permanente.
Os resultados mostraram que a enxaqueca com aura aumenta o risco de lesões em 68% e, sem aura, em 34%, comparando com pessoas que não sofrem de enxaqueca. O risco de anormalidades aumentou 44% com aura em comparação aos sem aura. E as mudanças de volume também foram mais comuns em pessoas com enxaqueca e enxaqueca com aura em relação aos demais.
A conclusão é de um grupo de pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, que se baseou em uma meta-análise de 19 trabalhos focados na desordem neurológica que atinge entre 10% e 15% da população mundial.